Denadai, BS; Ortiz, MJ e de Mello, MT. ìndices Fisiológicos Associados com a Performance Aeróbia em Corredores de Endurance: efeitos da duração da prova. RBME, vol.10, n°5, 2004.
A identificação de índices fisiológicos que possam ser utilizados para a predição de performance tem importantes aplicações no contexto esportivo. Isso porque podem ser selecionados indivíduos com determinadas características que apresentarão melhor performance. Ainda, a prescrição do treinamento poderá ser planejada de acordo com as demandas metabólicas exigidas pela modalidade, particularmente em relação aos aspectos metabólicos (potência e capacidade aeróbia e anaeróbia). Entre os índices fisiológicos mais estudados para a predição da performance aeróbia durante a corrida estão: o consumo máximo de oxigênio (VO2máx), velocidade correspondente ao VO2máx, economia de corrida e os índices associados à resposta do Lactato Sanguíneo (Limiar de Lactato, Limiar Anaeróbio e intensidade da máxima fase estável de lactato (MFSL)).
Nesse estudo o Prof. Denadai e seus colaboradores buscaram analisar a validade desses índices fisiológicos para a predição da performance em atletas de endurance. Foram selecionados 14 corredores que participaram de duas provas simuladas utilizando as distâncias de 1.500 e 5.000 metros e os resultados encontrados demonstraram que o Limiar Anaeróbio foi o único preditor de performance para a prova de 5.000 metros, explicando 50% da variação de performance entre os atletas nessa prova. Para os 1.500 metros o Tempo limite de teste e a intensidade correspondente ao VO2máx explicaram 88% da variação na performance entre os atletas.
Em síntese este estudo nos mostrou que a validade dos índices fisiológicos para a predição da performance de endurance parece ser dependente da distância da prova analisada.
Aquele que pretende continuar sedentário deve sim procurar um médico (Astrand). A prática regular de exercício físico pode trazer diversos benefícios à saúde, porém alguns aspectos devem ser considerados para evitar lesões e o excesso de treinamento (overtraining). Este blog foi criado para trazer informações sobre prescrição e controle de treinamento, como também estudos clássicos da fisiologia do exercício que ajudarão a cometer menos erros na hora de praticar ou prescrever atividade física.
x Nenhum outro tecido do corpo humano pode variar sua taxa metabólica tanto quanto o músculo esquelético. Os músculos ativos podem elevar o nível de seus processos oxidativos em mais de 50 vezes, em relação ao estado de repouso. Esta variação significativa na taxa metabólica cria problemas para as células musculares porque, enquanto o consumo de oxigênio aumenta em 50 vezes, a taxa de remoção de calor produzido, dióxido de carbono, água e metabólitos tem, obrigatóriamente, que aumentar de forma similar. Para manter o equilíbrio químico dentro do organismo há um tremendo aumento nas trocas moleculares entre o interior e exterior das células. Quando os músculos entram em atividade física intensa, a capacidade de manutenção do equilíbrio interno em um nível que permita a continuidade do exercício é dependente da integração de vários sistemas de controle fisiológicos. Por isso, a maior parte das funções do corpo humano é afetada, de uma ou outra forma, pelo exercício físico, seja de maneira crônica ou aguda.
Prof. Dr. Per Olof Astrand
Prof. Dr. Per Olof Astrand
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Oi treinador! hehehe
ResponderExcluirDá uma conferida no style do meu blog. Tá ficando muito fashion.
hehehehe
Seus textos tão ótimos, até parece que vc sabe alguma coisa... hehehe
Bjo.